Análise
do Governo Federal põe o Estado como menos favorecido para chuvas.
Funceme fará nova previsão na 2ª quinzena deste.
Nova
análise do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC) reforça as previsões nacionais de que a
quadra chuvosa do Ceará terá precipitações abaixo da média
histórica. Conforme o estudo, o Estado tem a pior situação no
Nordeste. Diferentemente dos estados a Leste, que sofrem influência
de outros sistemas pluviométricos, o Ceará depende essencialmente
da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Meteorologista
da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), Raul Fritz reitera
o resfriamento das águas do Atlântico Sul como causa para a queda
na probabilidade de chuvas. “Na época da primeira previsão havia
um dipolo favorável no Oceano Atlântico. As águas próximas ao
Nordeste estavam mais quentes que as acima do Equador. Agora está um
dipolo desfavorável para a chuva. E ele é o que regula a ZCIT”,
afirma.
Para Fritz, a seguir como está, os prognósticos
para a quadra chuvosa são pessimistas. “Estamos caminhando para
condições menos favoráveis. Já havíamos observado isso, mas não
divulgamos porque o panorama poderia ser revertido”,
explica.
Fritz afirma ainda que a partir do próximo dia
15 será possível fazer um segundo prognóstico para o período, com
mais clareza. “A primeira previsão causa mais impacto, mas, na
segunda, o Oceano está mais estabilizado”, diz.
No fim
de janeiro, o MCTIC divulgou que havia 40% de probabilidades de
chuvas abaixo da média no Ceará, 35% na média e 25% acima da
média. O prognóstico da Funceme, divulgado alguns dias antes, dava
conta de que as chances de precipitações na média histórica eram
de 40%, 30% de chances de ser abaixo e 30% de ser acima.
Com informações do o povo